sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A ideia de que o homem nasce livre...

LIBERDADE
Por Alfredo Monetti
(in memorian)





O Homem nasce livre, sem escravidões, já que é todo potencial. No entanto, nasce totalmente indefeso.

Só não sobrevive e não tem outra saída senão aceitar a dependência total no convívio com seus semelhantes, na aceitação das regras da maioria, no jogo da comunidade.

A idéia de que o Homem nasce livre é impraticável, pois assume responsabilidades nas primeiras tomadas de consciência, no que implicam as distinções entre o que está certo ou o que está errado.

Então, o que é Liberdade?

A Liberdade tanto pode ser um elemento da própria natureza, como condição intrínseca do Homem ou um estado emocional. Os pensadores, filósofos, sábios, enfim, os grandes condutores de Homens, têm definido Liberdade de múltiplas formas, contudo, todos mantiveram um denominador comum. A Liberdade para o Homem está na dependência de sua própria vontade.

E, o que é a vontade? É um impulso vital. Para exercitar os cinco sentidos, o Homem deve acionar a sua vontade, e esta tem limites, pois ninguém pode fazer exatamente o que deseja e eis que poderá encontrar oposição e freios. A vontade tem limite no direito e nas leis humanas, divinas e da natureza. A manifestação da vontade é normalizada pela moral.
Vontade e Liberdade estão na dependência uma da outra; a vontade deve ser dirigida e o Homem deve trabalhar para dominar o que vicia a vontade, que são as paixões e os vícios.

O Homem não pode exercer sua vontade contrariando as leis da natureza porque sofrerá as conseqüências de sua desobediência.

Assim como existem leis da natureza e leis sociais, o Grande Arquiteto do Universo estabeleceu leis de conduta espiritual que não poderão ser transgredidas.

A Liberdade, portanto, encontra limites e se manifesta na conformidade do crescimento espiritual do Homem, atingindo este, o conhecimento da verdade, a sua vontade confundir-se-á com a vontade do Ser Supremo e encontrará então, um caminho perfeitamente livre, realizando o desejo maior de conhecer a verdade.

Na Liberdade, obedecendo rigorosamente os direitos de que estamos possuídos e respeitando os do próximo, estaremos numa igualdade com uma harmonia reinante, em busca de justiça e paz, e nessa evolução encontraremos a fraternidade almejada e só obteremos pelo amor ao próximo.

... a sua vontade confundir-se-á com a Vontade Divina e encontrará, então, um caminho perfeitamente livre, realizando o desejo supremo de conhecer a Verdade.




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