Um dia ele lhe dissera para esquecê-lo!
Dissera aquilo, porque não amava, portanto não sabia o que era enfrentar os amigos, uma mulher como Joan. De sair sem ter vontade, de rir quando sua vontade era chorar de desespero, por não ter uma saída, não encontrar sequer um homem que o superasse! Comparação! A pior coisa que podia existir e, no entanto, ela o comparava a todos que via e convivia. Era terrível.
Aqueles olhos negros, aquela boca cruel ao lhe dizer que fosse embora, aqueles lábios suaves, que a beijaram, enlouquecendo-a...
Aquele rosto másculo e belo, aquele corpo que tantas vezes sentira próximo ao seu...
Ele a perseguia... A perseguiria para sempre...
Não conseguira captar aquela alma, senti-la!? Teria-a, ele?
Será que possuía um coração?
Sim, ele tinha uma alma.
A alma de um demônio sedutor e mau,
a alma de um anjo amoroso e terno. Os dois a dominavam.
Seus olhos profundos eram tão selvagens quanto apaixonados, brandos, conforme o momento.
Tanta contradição! Mas ele era a contradição que ela amava!Ela, que nada mais era do que uma mulher apaixonada por ele, a quem
entregara todos os pensamentos, meses de vida, quem sabe a vida
inteira!
Queria ser amada por ele, ser dele e entregar-lhe por completo, seu amor...
Se não fosse assim nunca, então queria morrer ali, pensando tudo isso, pois seria enfim, a paz tão desejada!– Omair, – sussurrou, sentindo as lágrimas rolarem pela face – não consigo esquecê-lo, não me deixe assim, tão só...
Trecho do livro: Quando Dois Olhares se Cruzam...
Para quem gosta de emoções fortes... De um amor carregado de paixão...
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